A vantagem de reservar um tempinho para publicações que celebram a história do blog é que posso retomar assuntos que a falta de tempo me fez deixar passar na época que aconteceram, ainda que estejam “ultrapassados”, e seguem relevantes pra mim, bem pessoalmente. Quando comecei a planejar esses posts e refleti sobre algo para marcar 2014 nesse momentinho de passado que reflete no agora, de cara lembrei do melhor presente que ganhei naquele ano, e um dos melhores da vida: o Reginald, meu Isul Light. Desde que esse modelo de boneco foi lançado pela Groove, marca da qual tenho minha coleção apelidada carinhosamente de “Familinha”, fiquei doida por ele pra finalmente adicionar um menino à “turma”, e veio da forma mais gostosa do mundo!
Tudo começou com um outro modelo de Isul lançado, que tinha uma roupa meio de rockeirinho britânico que eu amava na época (e ainda gosto bastante, não vou negar). O boneco em si não tinha o visual que eu queria, meu “crush” foi pelo look, mesmo, mas era uma oportunidade perfeita de homenagear mais um ídolo/ícone ao dar nomes pra bonecas, que é meio que uma marca da minha coleção, dessa vez o maior de todos, Elton John. O nome escolhido foi Reginald, o de batismo do cantor, que eu até já usava no The Sims pra nomear meu filho do jogo. Era perfeito e me fez adiciona-lo na wishlist de vez. Meses depois saiu o lançamento do Isul Light, muito mais bonitinho e do jeito que eu realmente visualizava o Reg, então oficializei o desejo de forma 100% ideal. Gente, eu fiquei APAIXONADA!
Tava decidido, fui esperando o momento de $poder$ compra-lo até que, em meados de 2014, meu casal de amigos Mari e Vinicius me avisaram que queriam me dar uma doll de presente. Eu tinha começado a trabalhar com eles lá na Cia do Ponto e foi uma fase delicada da vida de todos nós, em que a gente se apoiou super (e vem fazendo isso desde então), queriam faze-lo como forma de agradecimento. Sabe aqueles momentos em que a gente fica até sem palavras? Foi bem assim. Eles estavam na dúvida, porém, se eu preferia esse boneco, mesmo, ou alguma outra que também gostaria de ter, e nem pensei pra responder porque o Reg era o topo da minha lista. Pediram, as semanas passaram e em 4 de novembro daquele ano, um dos dias de trabalho mais legais que tivemos por lá, ele chegou!
Imagina uma sala comercial, mistura de loja, ateliê e escritório, onde as três pessoas que ali trabalhavam estavam, de repente, promovendo uma entrega de presente regada a lágrimas. Mari chorou me entregando, eu chorei recebendo e o Vinícius chorou filmando a cena. Até Alysson, um amigo nosso que estava lá comprando alguma coisa, ficou todo emocionadinho mesmo sem saber o contexto da história. Foi lindo-lindo, MESMO, um presente que era tão foda pra que deu quanto pra quem ganhou. Provavelmente foi uma jornada de trabalho bem improdutiva, apesar de ter um evento grande à vista, porque o Reginald DOMINOU aquele dia, com fotos, risadas e até tentativas da Mari de fazer roupas pra ele (que acabou conseguindo, eventualmente). Eu fiquei tão encantada, mesmo nas semanas e meses e anos que foram passando, que rapidinho passei a chama-lo de “Mozim”, de tanto amorzinho envolvido na história.
Tenho duas características que refletem de maneira FORTE nessa “familinha” de dolls: o sentimentalismo em relação a TUDO o que me cerca e o costume de criar narrativas em toda e qualquer oportunidade que me surge, automaticamente. Sendo assim, tenho carinho por elas que vai além do valor material, e deixo que criem suas personalidades à medida que vou desenvolvendo as historinhas fotográficas, muito mais frequentes na época que usava o Flickr, mas ainda acontecem no perfil do Instagram que tenho para elas, o @lulydolls. Isso era parte forte do hobby nessa primeira rede quando comecei, em 2009, e rola bastante de forma cada vez criativa na segunda. Eu adoro, é como criar minhas próprias histórias em quadrinhos, mas com fotos, sei lá! Como “personagem” o Reg é bem tímido, mas muito talentoso no piano. Nem preciso dizer da infância de quem essa inspiração veio, né?
Leia também: Resenha do filme Rocketman, que conta de forma lúdica e musical sobre os primeiros 20 anos de carreira do Elton John, em especial sua parceria com o letrista e amigo Bernie Taupin.
O mais legal é que eu, com o tempo, acabei “arrastando” a Mari pro hobby também! Em junho do ano seguinte dei a ela sua primeira boneca de coleção, a Olívia, uma Dal Monomono que ela já era doida pra ter desde que nos tornamos amigas e ficou sabendo dessa paixão toda. Os dois são “padrinhos” do Reginald, que é um costume que a gente tem entre as colecionadoras, e eu sou da Via, ficou tudo em família. Foi essa mesma “coisa” de ser presente pra ambos os lados, uma troca de carinho incrível. A gente já viveu muitas coisas juntas por causa desse fator em comum que nasceu e até comemoramos o aniversário dele em 2016, que foi 50% uma desculpa para fazer um bolo de doce de leite e provar refrigerantes exóticos, mas os outros 50% em homenagem ao meu, ao NOSSO Mozim!
Esse post faz parte do Especial 17 Anos de Sweet Luly, que serão completos em 26 de junho de 2021, onde estou escrevendo um texto para cada ano de vida do blog. Esse é o décimo primeiro, referente a 2014.
Maria Valéria
Olha a foto do Regi ao lado dos cactos ainda bbs…. E a sua carinha de menina altamente in love com ele!!!! Sdd