Mickey 17

Mickey 17

Mickey 17
Poster do filme Mickey 17 onde o ator Robert Pattinson está em destaque usando uma roupa cinza, em fundo amarelo, Atrás dele, sua sombra na cor alaranjada aparece várias vezes, uma atrás da outra, e sobre elas consta seu nome e o título do filme. Elenco: Robert Pattinson, Mark Ruffalo, Toni Collette, Naomi Ackie, Steven Yeun, Holliday Grainger, Patsy Ferran, Afolabi Alli, Angus Imrie Shrimp Eyes, Mathieu Benoit
Direção: Bong Joon-ho
Gênero: Ficcção científica
Duração: 139 minutos
Ano: 2025
Classificação: 16 anos
Sinopse: “A adaptação do romance de ficção científica de Edward Ashton segue a história de Mickey 17, um “dispensável”, que é um funcionário descartável em uma expedição humana enviada para colonizar o mundo gelado de Niflheim. Depois que uma iteração morre, um novo corpo é regenerado com a maioria de suas memórias intactas.” Fonte: Filmow.

Comentários: Após ser metido em enrascadas financeiras numa Terra muito degradada, Mickey aceita participar da missão espacial promovida pelo milionário Marshall, cujo objetivo é encontrar um novo planeta para habitar seus delírios megalomaníacos. O desespero é tanto que ele se inscreve para o trabalho que ninguém mais quis: o Dispensável, alguém cuja vida é colocada em risco diariamente em nome da ciência com o objetivo de preservar as pessoas que partiram nessa missão. Sempre que morre, sua consciência é colocada em uma nova versão de seu compro gerada por uma impressora humana, de forma que mantém as lembranças de vida, como sua nova namorada Nasha, e de como foi a morte. Durante a missão do Mickey 17, porém, ele sobrevive, e ao retornar dá de cara com Mickey 18 já impresso. Eles tentam então impedir que sejam eliminados, uma vez que múltiplos não são permitidos e devem ser descartados sem novas impressões…

Como muitas ficções científicas, esse filme baseado no livro Mickey7 de Edward Ashton tem o gosto amargo da realidade. A história se passa na década de 2050, tão próxima do nosso 2025 não só em relação ao tempo, mas também às personagens ali retratadas. A ideia do ricaço que almeja ser governante de todo um planeta ao lado de sua esposa tão plastificada quanto e promove uma nova “corrida espacial” com esse objetivo, sem pensar na possibilidade de aplicar seus recursos no planeta que já temos – afinal, isso não traria dinheiro nem poder -, não tem nada de fictícia, está acontecendo agora nos Estados Unidos, que não coincidentemente é o país onde a narrativa começa. Para construir esse cenário, o longa aposta num time de atores não só bons no que fazem, mas também críticos a essa realidade, provando que é preciso artistas inteligentes para interpretar pessoas burras.

Cenas em que o ator Robert Pattinson aparece duas vezes, lado a lado, interpretando o personagem Mickey em suas versões 18 e 17. Os dois estão na neve, vestindo roupa de camuplagem militar com seus respectivos números no peito, olhando surpresos para algo que está em sua frente.

Cena do filme Mickey 17. Imagem via Folha.

A questão é que você já vai ao cinema preparadíssimo para amar odiar Mark Ruffalo e Toni Collette, mas Robert Pattinson me surpreendeu positivamente. Eu nem sou parte dessa galera que tem preconceito contra, acho que ele tem bons e maus trabalhos como qualquer pessoa, mas esse é, entre os que vi, o que mais gostei. Interpretar bem personagens diferentes num mesmo filme é fichinha perto de interpretar bem mais de uma vez o MESMO PERSONAGEM, que ao mesmo tempo são personagens diferentes, ali, contracenando um com o outro. O Mickey muda sem mudar, é genial reparar isso não só no 17 e no 18, que têm mais tempo de tela, mas também nas demais versões que aparecem aqui e ali. Sei lá, ele é bobo e não é a mesmo tempo, eu simpatizei tanto com o pobre que nem sei dizer os motivos, o enredo é dele!

O estilo de Bong Joon-ho, vencedor do Oscar de Melhor Filme, Direção, Roteiro Original e Filme Internacional em 2020 por “Parasita”, está presente não só nas críticas sociais, mas também na maneira de levá-las para a tela. As cenas de humor ácido são realmente MUITO engraçadas, mas o tom da história muda sempre com extrema rapidez, e se em um momento você está dando gargalhadas, em questão de um minutinho quer tampar os olhos para não ver o que acontece em seguida. É inteligente, não tem outra palavra pra descrever, o uso perfeito do meme “Absolute CInema”. Durante uma boa parte das suas mais de duas horas de duração fiquei meio na dúvida se estava gostando, mas essa é a graça, te deixar sem chão em parcelas e causar aplausos admiradíssimos com o todo. O lançamento será dia 6 de março e, juro, vale a pena MESMO assistir!

Trailer:

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