Mentes Sombrias (The Darkest Minds)
Elenco: Amandla Stenberg, Gwendoline Christie, Harris Dickinson, Mandy Moore, Catherine Dyer, Lidya Jewett, Mark O’Brien, Patrick Gibson, Skylan Brooks, Wallace Langham
Direção: Jennifer Yuh Nelson
Gênero: Distopia
Duração: 115 min
Ano: 2018
Classificação: 12 anos
Sinopse: “Em um mundo apocalíptico, uma pandemia mata a maioria das crianças e adolescentes da América. Alguns dos sobreviventes desenvolvem super poderes e eles são arrancados de suas famílias e enviados para campos de custódia por um governo temeroso. Um dos adolescentes escapa do acampamento e se junta a um grupo de adolescentes talentosos que seguem em uma operação especial.” Fonte: Filmow (sinopse e pôster).
Comentários: No dia após seu aniversário de 10 anos, Ruby foi tirada pelo governo de seus pais, que misteriosamente não se lembram dela mais, após enfim apresentar uma doença que está dizimando as crianças e adolescentes pelos EUA. Os sobreviventes, como ela, são levados para campos de tratamento, onde são separados de acordo com os poderes que essa “doença” traz, categorizados por cores: verde para inteligência elevada, azul para telecinéticos e dourado para os que controlam a eletricidade. Existem também os alaranjados, que controlam a mente, e vermelhos mas esses, por serem dentro da zona de perigo, acabam sendo executados. Ruby, mesmo muito jovem, usa seus poderes recém adquiridos de alaranjada para convencer seu avaliador que é uma verde e salvar a própria vida…
Seis anos se passam e a garota, por não apresentar a inteligência que supostamente devia ter, está prestes a ter seu segredo revelado, até ser resgatada Cate, que finge ser médica para tirá-la do campo. Ela faz parte da Liga das Crianças, que tem como objetivo libertar esses jovens, mas por desconfiar de seus motivos Ruby foge até cruzar o caminho de três outros “mutantes”: Liam, Bolota e Zu, também fugitivos em direção a um suposto acampamento onde os próprios adolescentes se governam, ajudando um ao outro a viver com as habilidades em liberdade.
“Mentes Sombrias” é uma distopia baseada no livro de mesmo nome de Alexandra Bracken, parte de uma série que já conta com cinco volumes, e estreia HOJE nos cinemas de todo país. Interpretada por Amandla Stenberg (a Rue de “Jogos Vorazes”), a protagonista Ruby segue a linha das heroínas do gênero: uma garota de 16 anos, muito poderosa, com total potencial para ser estopim de uma revolução ainda silenciosa e enfim levá-la a público. No que podemos chamar de “uma mistura de Divergente com X-Men”, ela forma com seus três novos amigos uma equipe muito carismática e divertida, cujos poderes se complementam para garantir a sobrevivência do grupo. Tem ação, romance, humor e um bom elenco, tudo que uma aventura adolescente precisa para dar certo, mas por algum motivo não funciona…
A história em si é criativa e interessante, mas peca no desenvolvimento e diálogos fracos, de forma o espectador não se envolve completamente. Como não li o livro, não sei dizer se essa “falha” é da adaptação, o que faz sentido porque nem sempre é possível colocar na tela tudo o que está nas páginas, mas acabou ficando sem ritmo e, à medida que o clímax se aproxima, confuso. A parte em que eles vivem no acampamento passa e não dá para entender muito bem como os acontecimentos atingem os pontos em que chegam. A relação da protagonista com o líder do local, O Fugitivo, por exemplo, claramente devia ser algo muito grandioso, e acaba ficando tão sem sentido que você não consegue acreditar que aquilo acabou de acontecer, nem te dá tempo de digerir as coisas para absorver.
O final também é previsível e deixa a trama aberta para uma ou mais continuações, mas eu pessoalmente acho que seria uma maneira ousada e muito interessante de fechar a história, deixando o que aconteceu depois no ar e, ao mesmo tempo passando a mensagem de que nem sempre a situação que nos parece a salvação é, de fato, a melhor, podendo também ser um problema tão grande quanto o quadro atual. Às vezes a solução é abraçar outras causas em busca do bem coletivo de forma ampla… Claro, não precisa abandonar suas convicções, mas tem como mantê-las e ainda assim se adaptar a novos pensamentos ou soluções que podem ajudar todo mundo a “chegar lá”!
Clayci Oliveira
Quero dar uma chance pra esse filme!
Mas imagino que não vou gostar de várias coisas na história. Achei a premissa criativa e atraente, mas pelas críticas deu pra sentir que a história não foi bem desenvolvida =/
Daninha
Então… Mais uma distopia, né! Achei a ideia muito bacana, mas realmente tem momentos que ficam muito aleatórios, como quase tudo no acampamentos das crianças fugitivas.
Ainda terão muitos filmes para as continuações, provavelmente. Vamos esperar para ser se o ritmo ou a conectividade seja melhor.
P.s.: I love you!