Se existe uma coisa que se tornou símbolo dos últimos 16 meses é a máscara de proteção. Algumas pessoas tiveram pesadelos em que chegaram em lugares e descobriram que estavam sem, outras se recusaram prontamente (e irresponsavelmente) a adotar e, no fim das contas, estranho pra mim vai ser quando chegar a hora de sair sem elas… Usei as cirúrgicas, passei pra de pano com tripla camada e agora tenho minhas PFF2 cor-de-rosa das quais não abro mão. Acho até engraçado quem vai bater foto fora de casa e tira a máscara pra isso – quéde o registro de momento, gente? Faz parte da nossa vida agora, ‘bora deixar a mensagem pra posterioridade! E foi pensando mais ou menos nisso que o Libertas Coletivo de Artes se juntou à Exposição Coletiva MascarArte, dando novo significado a algo que, assim como a arte, é extremamente necessário, ainda que incômodo em alguns momentos.

E não desejei mais minhas máscaras, por Gisele Moura
Composta de obras feitas por 43 artistas do Coletivo, todas usando máscaras brancas como suporte para passar sua mensagem de cuidado, atenção e esperança. A ideia é justamente usar arte como registro histórico da humanidade, tentando levar à vida de artistas e expectadores força para se manter com coragem e resiliência quando mais parecem faltar. As intervenções foram feitas respeitando o estilo de cada participante, desde algumas propositalmente deixando o tecido branco à mostra até as que criaram todo um novo objeto através dele. O sucesso foi tamanho que agora ela conta também com mais 20 artistas independentes, todos seguindo o mesmo conceito.

Espaço vibracional d’après Kandinsky, por Letícia Pinto
Como toda ação do tipo, o movimento MascarArte só foi possível graças ao time de colaboradores, responsáveis pelas máscaras, molduras, espaço para exposição, registro fotográfico e em vídeo. A expografia ficou por conta dos artistas Marcos Esteves (criador do projeto) e Paulo Apgáua, que junto com Rafael Abreu fizeram também a curadoria das obras. Trabalho em equipe em todos os detalhes! Uma coisa que observei também, uma vez que produzo conteúdo ensinando história da arte através das mulheres artistas lá no Vênus em Arte, é que existe equidade de gênero excelente no projeto, inclusive com uma leve maioria de trabalhos femininos. Isso não é tão comum quanto deveria, mas aos poucos as minorias políticas estão ganhando o espeço que devem ter, ainda bem!

Árvore da Vida, por Cristina Haibara
A exposição MascarArte nasceu no bairro Santa Tereza em Belo Horizonte, conhecido pela boemia e manifestações artísticas, passou pela cidade de Nova Lima, na Grande BH, e foi também para o Ponteio Lar Shopping na capital, focado principalmente em lojas de casa e decoração. Atualmente as obras estão expostas na vitrine da Mobília Soluções, que fica na Av. do Contorno, 6241. Assim que sair de lá irá para um novo destino, que provavelmente será o último, mas pode ser visitada também virtualmente no movimentomascararte.com/ , de onde as imagens que ilustram esse post foram tiradas. Lá é possível saber mais sobre a participação de cada um dos colaboradores e ver a autoria de todas as obras. O Libertas Coletivo de Artes está também no Facebook, Instagram e YouTube.

Esperança, por Flávia Barsanulfo
Ryan
Queria eu poder usar algumas dessas mascaras! Muito interessante.
Emerson
Que incrível essa exposição! Quem diria que usaríamos máscaras por tanto tempo, não é mesmo?
Boa semana!
Jovem Jornalista
Instagram
Até mais, Emerson Garcia
Thais Gama
Nossa!
Que máximo isso!!
As máscaras estão lindas, nem parece que é equipamento de EPI.
Realmente, a arte tem um poder transformador, tanto na matéria quanto em quem observa né?!
Alexsandra Helga de Souza dos Santos
Eu fui uma dessas pessoas que tiveram pesadelo!!! Essa semana mesmo fui na padaria e ao chegar lá onde estava a máscara, voltei para casa morta de vergonha..
As máscara estão lindas!!! As minhas eu mesmo confeccionei…E na hora de tirar foto vale tirar a máscara sim!!!
Abraços
Vitória Bruscato
Achei muito interessante a forma que eles usaram de se expressar nesse momento e bem provocante. Levanta vários questionamentos, o primeiro que eu tive foi: precisava ser feito em máscara mesmo? Porque mesmo que seja algo que representa o momento atual, tem muita gente que precisa. Mas claro que eu sei que as máscaras foram feitas para a exposição em específico, porém foi algo que fiquei pensando.
Adorei as pinturas, principalmente a última que você colocou no post!
Ah, e que legal saber que tivemos uma equidade de gênero aí 🙂
Camyli Alessandra da Silva
Eu tenho problema respiratório oque faz o uso da máscara ser um tormento. Mas, continuo usando até isso acabar… De todas eu adorei a arte dos planetas na mácara.
Tedu BK
Nossa que ideia fantástica.
Achei as mascaras lindas demais, super criativo.