Hello, hello, Luly! Menina, que loucura eu aqui, me comunicando com você! A um ano (e com essa sua memória ótima você com certeza se lembra) eu escrevi uma carta para Lulynha de 13/14 anos e agora aqui estou, tentando falar com a de 34/35. Na verdade se eu pudesse eu te importaria do futuro para saber como vocês está, mas como não dá vou ver se minha vã sabedoria sobre nós duas pode te ensinar alguma coisa. Vai saber…
Parece hipocrisia minha querer que você volte para falar comigo uma vez que eu jamais voltaria para falar com nossa versão “teen” com medo de atrapalhá-la, mas em minha defesa digo que ela jamais vai ler o que escrevi, mas daqui a dez anos você (ou eu?) pode simplesmente abrir esse post para relembrá-lo e refletir sobre ele. Então acho que é uma troca justa. Sem contar que eu me orgulho muito muito da ex-Luly, mas me dá medo em pensar se VOCÊ AÍ, nesse mundo que eu nem sei como imaginar, se orgulha de mim também.
Sei que não faz o menor sentido porque, no fim das contas, quem define sua vida sou eu. Estranho, né? Ser responsável pela vida de alguém que ainda vai existir… Pensando bem você já existe, porque você sou eu, mas para mim é como se não existisse ainda porque eu vejo um mundo de possibilidades que podem vir ou não a ser você, isso sem contar as que não enxergo. Esse papo té meio estranho, mas visualiza aí a Luly 45 que loguinho você percebe o que quero dizer e buga no meio do seu desespero pessoal em pensar no futuro.
O que mais vem na minha cabeça quando penso sobre você é se as coisas que hoje me fazem chorar te fazem sorrir (tomara!) e se as que me fazem sorrir te fazem chorar (poxa, aí não…). Obviamente não estou falando dos verbos em si, mas dos sentimentos que eles representam. Será que você superou tudo o que eu acho que não tem como superar? Será que você conseguiu colocar no lugar tudo o que estava completamente fora dele, quase ao contrário? Será que o que era certo ficou errado e isso foi bom? Será que você escreveu tudo o que queria escrever e outras coisas a mais do que isso? Será que valeu a pena, seja lá o que for?
Espero que sim.
Eu queria muito te dar algum conselho, mas honestamente não sei se é hora pra isso. Tenho certeza de que você é muito mais sábia do que eu. Ainda assim, se me permite, tenho duas coisinhas a te dizer que têm sido muito importantes pra pessoa que sou hoje e que podem vir a ser para que serei um dia: 01) não deixe de fazer o que você quer e faz bem porque te disseram que não é bom o suficiente para você ou que você não é o suficiente para conseguir isso e 02) escolha ser gentil. Sempre.
Te vejo em dez anos, loguinho a gente se encontra. Prometo!
Esse post foi um dos temas proposto a alguns meses atrás como Blogagem Coletiva no Rotaroots e tava encalhado nos meus rascunhos. Não consegui finalizá-lo como gostaria (na verdade achei que ficou bem bosta, hahaha), mas decidi que queria publicá-lo mesmo assim.
(Sem contar que tava sem post pra hoje, ehr…)
Daninha
Luly 14, Luly 35… Diferentes de época e pensamento, mas ainda a Luly. A mesma que agora tem 25 e vejo todo dia. Não importa, já a amo mais do que tudo. A verei em 10 anos, certo? Espero ter feito metade por ela do que faz por mim.
P.s.: I love you
Carol R.
Muito legal morro de vontade de fazer isso comigo.
O conselho 1 é muitooooo importante
bjs
Jéssyka
Eu sempre fico me perguntando sobre como serei/estarei aos 35. Já cogitei até em fazer uma carta assim, mas não sei. Porém, acho demais ler. <3
Adriel Christian
Não ficou bosta, não! Adorei e achei super sincero. Quem nunca teve dúvida ou medo à respeito do passado? Eu sempre!
É mais ou menos o que você disse: hoje o que nos dá medo pode ser o que nos alegra amanhã e vice-versa. Tudo na vida é muito imprevisível.
Só posso te desejar sorte e sucesso nessa caminhada! 😉
Bjs!
Lili
Sempre quis escrever uma carta pra minha eu do futuro, mas eu fico sempre na esperança que minha eu do futuro me mande uma carta dizendo que as coisas estão bem… :/
Confuso…
Gostei da sua carta…
:*