Trinta e cinco

Duas semanas atrás, na celebração de 21 anos do blog, caí na real que essa “idade” significava fechar outro setênio da existência dele, e existe toda a crença de que a vida é dividida nesses períodos de sete anos e tudo muda e por aí vai… Pois bem, tão logo publiquei a postagem, me veio o click de que, quando criei esse espaço aqui, EU MESMA estava prestes a completar uma idade múltipla de sete e, sendo assim, os trinta e cinco que completo hoje representam não só mais um ano de minha vida, mas também o fechamento do meu 5º setênio… Eu queria, muito, não ter visto sentido nessa constatação, mas infelizmente vi, sim. Esse 35º aniversário acontece em meio de um caos pessoal completo, se é o fechamento de uma fase, então que venha mesmo a próxima, estou prontinha!

Pensei sem parar no episódio de “Sex and the City” onde a Carrie comemora 35 também. Nele tudo dá bastante errado e ela se sente culpada por lamentar a ausência do que não tem, e entendo o sentimento porque passei a maior parte do meu dia lamentando mentalmente estar vivendo esse 10 de julho sem o que perdi nos últimos tempos. Poxa, é uma droga essa sensação de culpa, né? A gente vai querer o que, então? Deixa a póbi da Carrie (e da Luly) se lamuriar, cara! O dia não foi ruim, comi pizza como em todos os anos, todo meu núcleo familiar primário esteve comigo em algum momento, muita gente querida celebrando e tal, mas é triste, sim, cair na real a falta o que parece ser o mais importante. Principalmente quando você já sentiu o gostinho do que é ter isso…

A minha questão nem é esse pensamento de “tô velha” ou bobeiras do tipo, já disse e repito que encaro o envelhecer como algo SUPER positivo, é mais a impotência de não conseguir mudar o cenário de um período de queda dessa montanha russa desgovernada que é nossa vida. Querendo ou não, aniversários acabam intensificando essas sensações que tão predominando nosso coraçãozinho… As ruins, e não são poucas, acho errado expor online, mas de boa posso dizer que terminei “meu dia” compondo uma banca de seleção pela primeira vez, no curso de Curadoria do Cefart onde estudei, depois de um triste inferno astral com conquistas bem positivas, por incrível que pareça – eu publiquei um livro na Bienal, gente! Ainda não comemorei pra valer com meus amigos, nosso rolezinho vem sábado (o tema será Wicked!), e tô mega animada pra esse momento, como fico sempre.

Sendo assim, farei meu esforço pra ser um pouquinho mais positiva hoje e mudo aqui a afirmação que abriu esse post, não quero ver trinta e cinco como um fim: eles são o COMEÇO no meu 6º setênio. Que seja o melhor até agora, amém… Feliz aniversário pra mim e viva eu!