#TBTCultural: Dreamworks Animation – Uma Jornada do Esboço à Tela

#TBTCultural: Dreamworks Animation – Uma Jornada do Esboço à Tela

Já pensou em poder visitar os bastidores da produção de filmes de uma das maiores empresas de cinema de animação do mundo? No Centro Cultural Banco do Brasil BH isso foi possível através da Dreamworks Animation – Uma Jornada do Esboço à Tela, mostra espetacular que ficou em cartaz entre maio e julho de 2019 e que estou finalmente trazendo pra vocês em mais um #TBTCultural do Sweet Luly. Eu aposto que, se você gosta desse gênero, tem um queridinho entre eles (me conta nos comentários qual)! Até abril de 2020 foram 38 longas lançados no cinema e 1 exclusivo para vídeo, além de outros 9 em desenvolvimento, 11 especiais para TV, 34 séries e 22 curta metragens, premiados com 3 Oscars e 1 Globo de Ouro na categoria Melhor Filme de Animação.

O conjunto de obras e informações era muito variado e riquíssimo, mas não registrei tanto quanto podia porque fui focada em descobrir as mulheres que o compunham para produzir um vídeo pro Vênus em Arte, meu canal sobre (in)visibilidade feminina na história da arte. Dessa forma pequei um pouco em captar tipos diferentes de mídias representando todas as franquias, mas até que o montante final do material deu para passar a mensagem direitinho… Por isso resolvi fazer esse post de forma um pouco diferente do que estou acostumada, separando em tópicos que passam (e ilustram) a maior parte possível da magia que era estar ali.

A entrada:

A divulgação da mostra destacou bastante as estátuas de gesso, algumas em “tamanho natural”, das personagens, principalmente de Madagascar, e eram elas que estavam bem ali, na primeira sala. A montagem desse ambiente era incrível, com as caixas de transporte dos animais endereçadas a Belo Horizonte, uma delas até com código de barra, e o girafa Melman com a cabeça para fora, pronto para te recepcionar. No chão pegadas de pinguins te guiam ao ambiente seguinte, cheio de vídeos de processo de produção de desenho, e à próxima, onde as obras enfim começam.

Esse início é cheio de maquetes de personagens, pequenas esculturas sem acabamento em pintura da anatomia deles, em vários filmes. É MUITO legal ver mas dificílimo de fotografar, então ficarei devendo… A iluminação das salas era bem leve, para não danificar os objetos expostos, e essas mini esculturas especificamente não têm muito contraste em imagem, o que dificulta ainda mais. Uma coisa lindíssima que aparece logo de cara, por outro lado, são máscaras das personagens de Madagascar, um dos grandes destaques da mostra ao lado de Como Treinar Seu Dragão, Kung Fu Panda e, em menor escala, Shrek, feitas pela artista Shannon Jeffries, penduradas bem no alto de uma parede. Fiquei apaixonada por elas.

Dreamworks Animation - Uma Jornada do Esboço à Tela

Melman GIGANTE, de Madagascar, na entrada da exposição.

Dreamworks Animation - Uma Jornada do Esboço à Tela

Pinguins de Madagascar.

Dreamworks Animation - Uma Jornada do Esboço à Tela

Máscara da Glória, de Madagascar.

Artes conceituais enquadradas:

Além de telas com vídeos de animadores, diretores e outros profissionais envolvidos nas produções, as paredes eram tomadas por quadros de artes conceituais dos filmes. Algumas lisas, dando maior destaque para as obras, outras estampadas de forma a compor um visual temático, mas agradando fãs não só dos mais populares, mas também de menor destaque como O Caminho para El Dorado e A História de Uma Abelha. Nessa categoria senti muita falta de uma quantidade maior de arte de Formiguinhaz, “filho” primogênito da empresa que deu o pontapé para toda a tecnologia usada por eles desde a década de 90 até hoje… Mas acho que sou saudosista, mesmo!

Mais uma vez Madagascar DOMINOU a cena, com uma parede linda cheia de pôsteres de circo com os animais protagonistas, mas tinha, sim, pintura e desenho para fãs de TODAS as obras. Minha favoritas estavam em um mostruário diagonal, quase deitado, onde trabalhos da Priscilla Wong de Trolls estavam agrupados… Eles têm várias camadas, dando sensação de “filme 3D”, compostos de diversos materiais como algodão, pedrinhas e outros tipos de textura que combinam perfeitamente com a vibe do filme. Se você ainda não assistiu vale muito a pena, vi no cinema e fiz uma resenha dele aqui no blog, é maravilhoso e me espantei por ter pouquíssimo destaque, já que suas cores vibrantes e estreia recente têm potencial pra render mais conteúdo, além da trilha sonora impecável que é um dos pontos fortes da Dreamworks.

Dreamworks Animation - Uma Jornada do Esboço à Tela

Artes de Wallace & Gromit: A Batalha dos Vegetais.

Dreamworks Animation - Uma Jornada do Esboço à Tela

Artes de Fuga das Galinhas.

Dreamworks Animation - Uma Jornada do Esboço à Tela

Arte com textura de Trolls.

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Artes de Bee Movie – A História de uma Abelha.

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Parede de posteres do circo, de Madagascar (foi onde tirei minha foto de look da exposição!)

Maquetes:

Voltando às maquetes, não só as personagens estavam presentes com sua “mini versões”, mas também cenários, ambientes e até mesmo cenas do filme, foi minha parte favorita pois eram MARAVILHOSOS! A franquia que mais gosto da produtora é Shrek, acompanho desde o primeiro, então ver a Casa do Pântano, Castelo e Vila de Tão, Tão Distante em milhões de detalhes bem na minha frente me deu vontade de poder trazer pra casa (a louca das miniaturas chegou). O nível de perfeição também envolve texturas e materiais diferentes, além de pintura primorosa, fiel de verdade ao que se vê na tela. Obras de arte em todos os sentidos da expressão!

Dreamworks Animation - Uma Jornada do Esboço à Tela

Maquete de Wallace & Gromit: A Batalha dos Vegetais.

Dreamworks Animation - Uma Jornada do Esboço à Tela

Maquete da Casa no Pântano de Shrek.

Leia também: Shrek: Para Sempre, resenha (bem pobrinha e meia boca) do filme.

Animação:

Um dos objetivos de “Uma Jornada do Esboço à Tela” era a imersão de quem visitava aos bastidores do cinema de animação, o que inclui transformar todo mundo em “projetos” de animadores, também. Através de computadores espalhados pelas salas as pessoas podiam testar efeitos de água, expressões faciais em personagens e até decidir os tons e quantidade de alguns elementos em cenas selecionadas. No hall do CCBB, bem na primeira sala à esquerda, o “mergulho” era ainda maior com telas em branco para criar a sua desenhando e animando de verdade, usando recursos básicos. Os educadores ao redor auxiliavam quem tivesse dificuldade e controlavam o tempo de cada grupo, para não acumular gente na porta nos dias de maior público. Confesso que não entendi muito bem como funcionava, mas brinquei mesmo assim porque não ia deixar passar, né?

Dreamworks Animation - Uma Jornada do Esboço à Tela

Brincando de animadora: Daninha se divertindo com Soluço, de Como Treinar Seu Dragão.

Dreamworks Animation - Uma Jornada do Esboço à Tela

Brincando de animadora: cena dos fogos de artifício de Os Croods.

Ambiente:

Paredes em cores vibrantes ou tomadas por estampas e artes, fones de ouvido com trilhas sonoras tocando, citações acompanhadas de informação em diversos tipos de impressão e até mesmo a projeção de uma grande mesa de trabalho da criação de storyboards quando você menos espera… Essa não era uma exposição “tradicional”, onde se vê apenas obra rotulada, e sim um presente para quem gosta de animação e até mesmo quer trabalhar na área! O local ficou lindíssimo e conseguiu dar a um prédio histórico visual contemporâneo desse tipo de arte ultra tecnológica.

Dreamworks Animation - Uma Jornada do Esboço à Tela

Citação de Shrek (1) impressa na parede.

Dreamworks Animation - Uma Jornada do Esboço à Tela

Simulação de mesa de trabalho dos animadores.

Dreamworks Animation - Uma Jornada do Esboço à Tela

Diferença da quantidade de Storyboards de um filme pro outro, da esquerda pra direita: As Aventuras de Peabody & Sherman (2014), Os Sem-Floresta (2006), Como Treinar Seu Dragão (2010), Kung Fu Panda (2008) e Shrek (2001).

Dreamworks Animation - Uma Jornada do Esboço à Tela

Uma restauradora/educadora de artes exibindo orgulhosamente mais um guia de exposição pra sua coleção em frente a uma parede bonita com iluminação BEM duvidosa (inclusive joguei vários desses guias fora porque não dava, era muita porcaria acumulada).

Pátio do museu:

Por fim, pra quem ia ao Pátio do CCBB – e quem tá acostumado a frequentá-lo SEMPRE vai, porque as exposições continuam ali -, tinha mais lindezas esperando. Sobrevoando o ambiente estava o próprio Banguela, que era possível ser visto de dois ângulos: de frente/cima logo na entrada lateral, onde eram retirados os ingressos (gratuitos) e por baixo, sobre as cabeças de quem visitava. Se isso não fosse suficiente era possível também ficar EM CIMA DELE num simulador 180° de como é o vôo nas costas do Fúria da Noite, raça de dragão da qual esse queridinho faz parte. Essa atração era muito maravilhosa porque o vôo começava numa página em branco e ia evoluindo, desde os rascunhos até chegar no resultado final da animação. Difícil até saber pra que lado olhar.

Dreamworks Animation - Uma Jornada do Esboço à Tela

Banguela sobrevoando o pátio: vista de cima

Dreamworks Animation - Uma Jornada do Esboço à Tela

Banguela sobrevoando o pátio: vista de baixo

Dreamworks Animation - Uma Jornada do Esboço à Tela

Alguns personagens de Madasgacar e Shrek, em qualidade bem inferior, recebendo a clientela na porta de um dos cafés do museu.

Dreamworks Animation - Uma Jornada do Esboço à Tela

Mais pinguins de Madagascar, dessa vez na entrada principal do CCBB BH

As mulheres da Dreamworks:

Como já dito, meu registro dessa exposição foi focado principalmente nas artistas mulheres que a compõe, inclusive com uma quantidade de vídeos gravados por lá bem significativa. Esse material virou conteúdo para o Vênus em Arte enquanto a mostra ainda estava em cartaz, não só falando um pouco da trajetória de cada artista e as relacionando com as obras que vi, mas também chamando as pessoas para visita-la. Se você ficou com mais vontade ainda de curtir isso tudo (e ainda não cansou do meu blá-blá-blá), o vídeo está aí em baixo, onde é possível ter uma breve visão do simulador de voo, já que fotos não eram suficiente para explica-lo:

DreamWorks Animation – Uma Jornada do Esboço à Tela foi recorde de público do Centro Cultural Banco do Brasil em Belo Horizonte: meio milhão de visitas em dois meses de duração! Nos primeiros fins de semana a fila para retirar ingresso dava volta no quarteirão onde o prédio se encontra, parte do Circuito Cultural Praça da Liberdade, e recebia tanto grupos com crianças quanto apenas adultos apaixonados pelos filmes (oi!). A curadoria foi feita pelo Australian Centre for the Moving Image em colaboração com a própria empresa, e já passou também pelos CCBBs de outras capitais brasileiras. Uma daquelas mostras que você se orgulha muito de ter ido porque foi, de fato, imperdível.

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  • Luis Eduardo

    Essa exposição foi maravilhosa! Vendo o post bateu aquela saudade de visitar o CCBB ?
    Amei o post, parabéns!!!

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  • denise

    adorei, eu amo demais o filme Madagascar e sherek amo demais, achei incrivel tudo.

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  • Ane Carol

    Que exposição incrível! A Dreamworks tem ótimas animações e pode conhecer um pouco dos bastidores dos filmes que a gente coisa deve ser memorável. Parabéns pelo post ficou bem completo e deu para gente se sentir um pouco lá.

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  • Vitória Bruscato

    Eu sou APAIXONADA por exposições de qualquer tipo e amo quando você faz esses posts aqui – eu falei que ia fazer no meu blog também, um dia sai, heheh –.
    Amo o trabalho da DreamWorks, e amei muuuito ver essa exposição, queria poder ver pessoalmente hahaha!
    O meu filme favorito da DW é “O Poderoso Chefinho” amo demais!

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  • Malu Silva

    Carambaa, é de se esperar que tenha sido record de público, por que essa exibição foi perfeita! Amei os materiais de A fuga das galinhas, pois eu amo esse filme. O post ficou incrível, amei todos os detalhes!

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