O Segredo de Brokeback Mountain (Brokeback Mountain)
Autor: Annie Proulx
Gênero: Romance, Drama
Ano: 2007
Número de páginas: 72p.
Editora: Intrínseca
Sinopse: “Annie Proulx escreveu um dos contos mais originais e inteligentes da literatura contemporânea, e, para muitos leitores e críticos, O Segredo de Brokeback Mountain é sua obra-prima. Ennis del Mar e Jack Twist, dois peões de fazenda, se encontram num verão quando estão trabalhando como ovelheiro e coordenador num pasto acima da alameda. A princípio, dividindo uma barraca isolada, a atração é natural, inevitável, mas algo mais profundo os arrebata naquele verão. Ambos dão duro, se casam e têm filhos, porque é isso que os vaqueiros fazem. Mas, ao longo de muitos anos e de frequentes separações, essa relação se torna a coisa mais importante de suas vidas, e eles fazem tudo que podem para preservá-la. Numa linguagem deslumbrante que nos fica na cabeça, Proulx conta a difícil e perigosa relação entre dois vaqueiros, que sobrevive a tudo, menos à intolerância violenta do mundo. “ (fonte)
Comentários: Acho que todas as pessoas existentes no planeta já ouviram falar de “Brokeback Mountain” por causa do filme, que conta com Heath Ledger (brilhante, como sempre) no papel de Ennis e Jake Gyllenhaal no papel de Jack. Eu, porém, não sabia nada sobre ele quando comprei o livro na Bienal do Rio de Janeiro em 2011, mas era aquela parte do estande da Editora Intrínseca que tem livros por preços ABUSIVOS DE BARATOS e era legal, com capa dura e tudo mais por meros QUATRO REAIS, então trouxe pra casa e fiquei com ele guardado até que, logo depois, assisti ao filme e achei ma-ra-vi-lho-so, mas quando fui ler o conto ele já tinha se perdido na minha bagunça e fui adiando. Agora com a mudança achei o bendito no alto do guarda-roupas e decidi ver se era tão bom quanto o que eu tinha assistido.
Obviamente dei 5 estrelas, a história é maravilhosa. Infelizmente a tradução é bem mais ou menos, mas dá pra superar isso porque é super curtinho, com letras e espaçamento grande, é desses que dá pra ler todo de uma vez só. Apesar de que, tenho que confessar, acho que prefiro o filme porque mostra vários pontos de vista e situações que o livro não pode, já que ele gira em torno do ponto de vista do Ennis, mas mesmo as coisas que o personagem não sabe mas que o leitor precisa saber são citadas, então isso não atrapalha realmente.
Mas a história, de um modo geral, é a mesma. Ennis del Mar e Jack Twist são dois vaqueiros que são contratados para trabalhar juntos na montanha Brokeback e, antes que eles mesmos possam perceber o que está acontecendo, acabam se relacionando um com o outro nesse verão. A princípio o que eles têm parece ser meramente sexual, já que eles negam terminantemente a homossexualidade, mas é só eles se separarem pela primeira vez que percebem que alguma coisa a mais acabou batendo ali e que o nasceu entre eles foi um sentimento de verdade. O tempo passa, os dois se casam e quando finalmente se reencontram não conseguem segurar o que existe entre eles, passando a ter um caso na surdina, uma vez que seria impossível assumir isso para as pessoas na época em que a história se passa, entre as décadas de 1960 e 80.
Acho INCRÍVEL a gente ler um livro desses hoje em dia onde as pessoas acham que “não existe homofobia mais”, mas que é óbvio que existe e está aí para destruir com a vida de pessoas diariamente, em vários sentidos. O preconceito no livro está presente nos próprios personagens, que alegam “não sou bicha” como se estivessem falando da pior maldição do mundo, e naqueles que os cercam e são absolutamente incapazes de entender aquilo, fazendo com que o amor entre eles se torne impossível de ser realmente vivido até, enfim, separar os dois. Em diversos sentidos. Agora aqui estamos, 30 ou 50 anos depois, e pessoas ainda sofrem, apanham e morrem por causa disso, por causa da falta de empatia de alguns que simplesmente não consegue entender o que deveria ser a coisa mais fácil de se entender na vida: o amor. Existem incontáveis “Jacks e Ennis”, tanto homens quanto mulheres, que são privados se ser feliz por causa da cabecinha fechada de algumas pessoas. Me desculpem o termo, mas “modernidade” my ass!
Então, sei que perdi o fio da meada aqui nessa “resenha”, mas é que acho importante ressaltar esse aspecto. Se você aí ainda não consegue entender como pode existir o sentimento entre dois homens (ou duas mulheres) e que isso vem de dentro e não de fora (“Quem diria, não é mesmo, dois cowboys gays?”) recomendo muito que faça essa leitura super rapidinha com o coração e a mente abertos para tentar aceitar e respeitar. Porque difícil de aceitar mesmo é o fato de que tantas pessoas que eu gosto e muitas outras mais que nem conheço estão fadados a passar por um pouco (ou tudo) do que se passa nesse livro por causa de uma coisa tão bonita, como é o amor! Prometo que a simples visão de dois homens juntos não vai sacudir todas as suas células e te “transformar em um deles”, tá? Assim como o contrário não acontece…
Camila Faria
Nossa Luly, eu assisti o filme e nem sabia que tinha sido adaptado de um livro. Que legal saber disso. Fiquei curiosa para ler!
Lívia
Oi, Luly!
Eu não sabia que a história do filme era originada de um livro.
Estranho pensar que isso continua sendo um tabu, até hoje. Gente que acha que ser gay é doença e pode contaminar só de ficar perto. Uma pena…
Clay
Eu assisti ao filme e não sabia sobre a adaptação ..
Aliás eu adorei o filme <3
Thay
Fazendo coro às pessoas que comentaram: não sabia que tinha livro! O filme, que foi só o que assisti, é realmente muito bom mesmo. E triste, principalmente. Fico com o coração apertado com esse tipo de história, de gente que se ama e não pode ficar juntos porque tem um bando de maluco que diz que não pode. AFF, viu! Sou pelo amor sempre, e me entristece saber que tem gente que não pode ser feliz simplesmente porque vivemos em uma sociedade preconceituosa. Quem diz que não é porque se mantem alheio do mundo, sinceramente.
Belo post, Luly! Um beijo. (:
Camilla
Porra, o filme parece bem bom e o livro também. Interessante abordar esse tipo de assunto num livro que já é meio velhinho já. É 2007, as coisas não estavam estourando como agora… e trata de uma época muito mais tensa, no caso 80.
Heath leger melhor coringa HUAHUAHUHUAHUAHUAHUAHUAHUAHUAHU
bjosss
Lili
Gosto MUITO do filme (um maravilhoso trabalho do Ang Lee) e gosto do conto…
Tanto Heath Ledger, quanto Jake Gyllenhaal e até MIchelle Williams e até Anne Hathaway (de quem não sou muito fã) fizeram trabalhos excelentes… É um filme emocionante e marcante… Não é meu preferido sobre o assunto, mas gosto muito…
Bj, bj, bj…