A primeira vez que me surgiu um estalo de que algo não estava e nunca esteve bem comigo foi através de uma brincadeira. Eu estava tomando coragem para puxar assunto com um crush e assim que uma publicação dele apareceu na minha timeline do Facebook amarelei, comecei a suar frio e senti que não daria conta mais. Meu amigo que estava ao lado, sem perceber que era tão sério assim, brincou “Vai em frente, Luly, deixa de ser besta, se você ficar intimidada por causa disso é caso de precisar de tratamento, hein!”.
Ele estava certo.
Ainda assim eu fui vivendo com aquilo achando que “precisar de tratamento” era um grande exagero da minha parte, não passava de uma piada, mesmo com um grande histórico de pessoas que tiveram que se tratar com psicólogos e psiquiatras na família. Continuei minha vida do jeito que ela sempre foi, tentando justificar as coisas que me aconteciam e, principalmente, minha reação a elas com milhares de desculpas que doíam muito menos que a realidade. Até que chegou uma situação simples, algo altamente inofensivo que não iria me prejudicar em nada, aquele momento da vida em que “ou ganha, ou empata” e lá estava eu, sem conseguir fazer. Era um telefonema e tudo o que aconteceu foi eu discar e cancelar a ligação três vezes até finalmente desistir quando já estava chorando e tremendo MUITO, precisando gritar no travesseiro para que ninguém soubesse o que se passava dentro do meu quarto, sentindo dores horríveis dentro da barriga. E aí caiu a ficha de que aquilo tinha um motivo, então passei o dia inteiro quieta entre lágrimas, muitos pensamentos e testes de internet que me fizeram concluir que havia uma possibilidade de todos os meus problemas pessoais em toda a minha vida serem causados por uma única coisa. Tomei coragem para conversar com uma pessoa que poderia me ajudar, papo vai e papo vem, e enfim veio o diagnóstico, escancarado na minha frente: TAG. Transtorno de Ansiedade Generalizada. Aos poucos toda minha existência foi magicamente explicada.
Quando chorei porque sentaram minha irmã perto de uma sacada pedindo para tirarem ela dali porque conseguia ver direitinho milhares de jeitos dela cair não estava sendo super protetora. Quando eu unhava minhas mãos na escola porque estava prestes a ter que jogar vôlei não era frescura, como minhas amigas já me disseram várias vezes. Quando eu andava na beirada da calçada pensando no dia absolutamente comum que vinha pela frente em total desespero não era depressão juvenil. Quando eu tinha que apresentar um trabalho e suava frio não era timidez (apesar de que na época eu era bem tímida, sim). Quando eu não dormia nas vésperas das provas não era insônia. Todos os “transtornos alimentares” que já tive na verdade não eram transtornos alimentares, inclusive quando parei de comer porque tinha um TCC pra apresentar ou conversar com um cara que eu estava afim. Quando viajei para visitar uma amiga e quis voltar pra casa no segundo que cheguei lá, sem nem saber os dias ótimos que teríamos pela frente, não era arrependimento bobo . Quando eu estava prestes a dizer o que pretendia, fazer o que desejava ou realizar o que esperava e nada disso acontecia não estava “amarelando’. Quando estava vivendo uma das melhores coisas da minha vida, sabendo que não vivi várias outras por causa disso, ainda assim havia uma parte de mim desejando que um meteoro caísse naquele momento para que eu não precisasse ir em frente, por mais que eu soubesse que era o que queria… As mãos tremendo visivelmente, as dores de barriga instantâneas, o choro inexplicável em ocasiões inexplicáveis, o desespero só de pensar que existem outras milhões de possibilidades para algo além da que eu esperava, mesmo que fossem impossíveis ou improváveis. A ansiedade já me fez perder 10 quilos de uma vez, o que muita gente encarou como uma dádiva, mas eu sabia que aquilo não estava certo. A ansiedade transformou meus principais paraísos particulares em verdadeiros infernos.
Há uma diferença absurda entre estar ansioso e viver com a ansiedade. É mais ou menos a diferença entre sentir fome e passar fome: o primeiro é até gostosinho, aquele momento logo antes de uma refeição saudável e feliz que você vai encontrar em casa, enquanto o segundo muitas vezes representa uma vida de miséria. Quando você está ansioso por algo, sua viagem de férias, a festinha do fim de semana, uma oportunidade de matar saudades de alguém, sente um friozinho na barriga de animação e sorri sem parar. A ansiedade como doença não é assim… É quase odiar sua vida e não poder desistir dela porque não consegue parar de pensar nas consequências do que vai deixar pra trás, parafraseando Freddie Mercury é não querer morrer, mas às vezes desejar sequer ter nascido. Qualquer atividade comum pode ser um verdadeiro desafio para um ansioso: atender o telefone, enviar uma mensagem, falar com a atendente do banco, comparecer ao primeiro dia de trabalho, comparecer aos demais dias de trabalho, terminar um relatório que está já atrasado, flertar, sair de casa em um dia chuvoso, falar para um grande público, dirigir um carro diferente do que está acostumado. É ótimo que você, com sua mente sadia, consiga fazer, mas entenda que alguns têm muita dificuldade em conseguir também. De fato é difícil lidar com algo que você não entende e não há nada de errado em dizer “Calma, tudo vai dar certo!”, mas lembre-se que essa fala deve ser incentivo e alento, e não ordem e solução, porque palavras não curam doenças, e uma doença mental não pode ser vista, mas continua sendo uma doença. A minha vida como ansiosa não é percebida quando você entra no meu blog e vê o template colorido, ou é apresentado a mim enquanto estou falando sem parar animadamente, nem mesmo na minha foto de perfil sorridente que foi tirada num dia em que tive uma crise que me deixou sem ar, porém existe em tantas situações, grandes e pequenas, que somente eu posso saber como é viver dentro da minha cabeça… E nem mesmo ter TAG pode faz saber exatamente como é a outra pessoa que também tem, porque se manifesta de forma diferente para cada um de nós.
E é por causa da existência desses transtornos que nós temos a campanha do Janeiro Branco para conscientizar e debater sobre a Saúde Mental e o Bem Estar. Nem sempre o corpo são é sinônimo de mente sã, seu vizinho piadista pode ter depressão, sua professora maravilhosa pode ser bipolar, sua prima que te vê semanalmente na casa da vovó pode ter fobia social, o cara que senta ao seu lado na primeira aula da segunda feira pode ter um distúrbio alimentar, seu personal trainer pode ser esquizofrênico e a autora de um blog que você visita às vezes, que você encontrou naquele evento que você foi no fim de semana, pode ter sido diagnosticada com TAG. É preciso entender que o problema existe, dar carinho a quem vive com ele e lembrar que é perfeitamente possível ter uma vida normal assim, basta ter acesso ao tratamento adequado e apoio daqueles que o cercam. Quem quiser saber mais sobre o assunto pode visitar o site e Facebook do projeto e começar o ano com ainda mais empatia na sua vida!
Foi MUITO DIFÍCIL MESMO pra mim escrever esse post e não sou profissional no assunto, apenas alguém que está descobrindo como lutar contra algo que não escolheu viver, 100% do que está aqui é baseado na MINHA experiência e na orientação que estou recebendo para ficar melhor (se passei alguma informação equivocada me desculpem). Sendo assim, por favor, tenham muito cuidado ao julgar e comentar algo dessa vez, ok? Obrigada!
Renata
Excelente postagem Luly! Não conhecia a campanha e fiquei feliz que você a tenha divulgado.
Sobre a TAG e a vida eu só posso dizer que fico feliz por você ter encontrado um tratamento que esteja te ajudando. Estou sempre torcendo por você, não importa em que aspecto da vida seja (se nunca disse isso a você, fica valendo o recado aqui!).
Como você disse, nunca sabemos das dores, das doenças, dos problemas e tudo o mais que se passa na vida do outro e tudo que temos a fazer é sempre lembrar que o que vale para um, nem sempre vale para o outro!
Obrigada por compartilhar o texto e seus sentimentos.
xoxo
Rê <3
Luly Lage
Se não tinha dito foi dito agora, na hora certa, e veio pra alegrar muito o momento! Precisei de muita coragem pra “falar” tudo isso, e agora que tá falado é ótimo receber carinho assim… Obrigada, Rê! <3
Juliana
Luly, não posso dizer que sei como você se sente porque é como você mesma disse, é só quem sofre a doença é que entende o efeito que ela tem, mas sei que não é fácil ter um transtorno/doença mental porque sofro de depressão ( e quando eu conto sempre escuto “Nossa, mas você é tão legal! Tão animada, nem parece!) e, assim como você, só eu sei o que é ter dias em que a única coisa que eu não quero é estar vida, só eu sei o que é se sentir um peso morto na vida das pessoas, e muitas outras coisas ruins.
E, acho que nos dois casos, o pior é ouvir que “é frescura”, “você não se esforça pra melhorar”, “isso vai passar se você quiser”, “isso não existe”, “você precisa arrumar uma ocupação”, “cabela vazia dá nisso”, entre muitas outras coisas que só machucam mais.
É como se a gente estivesse no fundo do poço e as pessoas em vez de dar a mão jogasse terra em cima. *_*
Mas quero que saiba que sempre estarei aqui pra você.
E quando eu digo sempre, é sempre mesmo, em qualquer dia e horário e pra tudo, tudo mesmo.
<3 <3 <3 <3
Luly Lage
Acho que o maior problema no combate aos transtornos mentais é esse: as pessoas tratam disso de forma tão banal que a pessoa que tá sofrendo com a coisa começa a acreditar que é frescura, que tem que ter vergonha do que vive… Quase ninguém entende que ser “tão legal! tão animada!” é uma forma de vencer por fora o que tá muito errado por dentro. Comigo foi assim: desde que comecei a ficar mal, no meio da minha adolescência, tive que aprender a ser sem noção engraçadona pra conseguir ficar bem!
O importante é a gente se ajudar! Muito obrigada por tudo e qualquer coisa estou aqui também, sempre! <3
Lethycia Santos Dias
Eu não conhecia a campanha e vim parar no seu post por curiosidade pra saber do que se tratava.
Em 2015 comecei a suspeitar que alguma coisa não tava legal em mim (eu achava que tinha início de depressão e/ou ansiedade). A faculdade vinha me fazendo muito mal e eu sempre entrava em desespero quando tinha muita coisa pra fazer, e por mais que me dissessem pra “ficar calma”, não adiantava. No início do ano passado comecei a consultar com uma psicóloga, eu queria entender o que tava acontecendo comigo, saber se as minhas suspeitas eram corretas e se necessário, me tratar. Foram muitas e muitas consultas até eu ter coragem de perguntar “o que eu tinha”, e ela me disse que eu tenho baixa-autoestima e dificuldade pra lidar com cobranças, mas que não tinha identificado realmente nenhuma doença ou transtorno. Fiquei aliviada. Mas isso não me fez esquecer de que ainda assim, eu precisava da ajuda dela. Acho que desde quando comecei a faculdade, já melhorei bastante.
Antes de tudo isso, passei por uma situação em que fui muito maltratada pela minha condição, quando eu ainda não entendia o que tava se passando comigo. Desde então, eu passei a tomar consciência do quanto pessoas como nós passam dificuldades, é muito cruel alguém dizer que você não sente de verdade aquilo que você está sentindo, ou dizer que você não pode sentir o que sente. Acho que é uma das coisas mais crueis do mundo alguém menosprezar nossos sentimentos. As pessoas precisam ter mais empatia e informação, só isso vai mudar as coisas.
Obrigada por compartilhar a sua história! Espero que esse texto ajude outras pessoas a pensarem diferente…
Luly Lage
Eu que agradeço por você ter compartilhado sua história, Lethycia! De verdade mesmo, é muito bom saber que você foi atrás, que descobriu seu problema, que continua com a psicóloga e principalmente que está ficando melhor! Acho que “ficar melhor” é um processo diário que a gente vai construindo com ajuda das pessoas e muito da gente mesma, né? Obrigada!
É HORRÍVEL que existam pessoas que acham que cuidar da mente é besteira e que desvalorizam o que a gente sente, principalmente porque não á algo que podemos controlar… Espero de verdade que essas pessoas que já te maltrataram um dia consigam entender isso sem ter que sentir na pele…
Kimberly Camfield
Luly, parabéns pela coragem para fazer esse post, tenho certeza que não deve ter sido fácil para você, expor tudo aquilo que se passa por dentro, sabendo que todo mundo pode ver. Falo isso porque eu tenho uma dificuldade enorme em por meus problemas internos para fora, mesmo quando eles mal cabem em mim, porque tenho medo do que os outros vão achar. Então fique sabendo, que eu admiro muito, muito mesmo, a sua iniciativa de escrever esse post. Eu nem posso imaginar como deve ser para você sentir isso, porque, cada um sente à sua maneira. E fique sabendo que se um dia precisar de um ombro pra desabafar – mesmo que seja pela internet – vou estar aqui.
Beijos e, parabéns de novo pela coragem, por esse post incrível, por buscar ajuda profissional e achar um meio de dar a volta por cima. <3
Luly Lage
Desde que eu descobri o que acontecia comigo comecei a me forçar a parar de fingir que não acontecia, e deixar que as pessoas soubessem é meio que parte do processo. Ainda assim não é fácil, esse post me custou muita reflexão, revisão e coragem… Obrigada pelo carinho, por ter vindo até aqui e por tudo! De coração!
Beijos-beijos!
Mariana
Luly, eu percebi que alguns comentários estavam indo para a pasta de spam e me dei conta que perdi contato com alguns blogs que eu adorava e o seu foi um deles, então vim aqui novamente depois de tanto tempo o/
Eu também sofro de TAG, junto com depressão. Por causa disso eu passei anos sem sair de casa, mas felizmente esse ano estou voltando a viver e vou voltar a faculdade. Eu não vejo muito as blogueiras falando sobre isso mesmo sabendo de algumas que tem transtorno de ansiedade também, acho importante que a gente seja aberta sobre isso também para lidar melhor com o nosso problema que tenta nos impedir de fazer isso. Você está de parabéns pela sua campanha de conscientização! Minha irmã participou das palestras do janeiro branco mas infelizmente eu com meu problema não saio de casa tão facilmente então não pude ir, mas acho tão importante quanto o outubro rosa (e quanto todos os meses coloridos e suas respectivas doenças que precisam deixar de ser tabu).
Beijos e até mais :*
Luly Lage
Outro dia vi um vídeo de uma blogueira falando que tinha sido diagnosticada com depressão e ansiedade e algumas pessoas foram horríveis… A maioria é gente boa, mas alguns comentários criticando a menina como se ela fosse ingrata, sabe, como se não pudesse ficar doente. As pessoas acham que depressão é ficar triste atoa, não conseguem ter empatia =(
Fico feliz que você esteja voltando para a faculdade, de verdade mesmo!! Espero que tudo melhore cada vez mais com o tempo, sei que é difícil mas tenho fé que você vai conseguir!
Gislaine
Nossa, que iniciativa fantástica, vemos poucos post assim de alerta. E de entrega também, imagino o quanto foi difícil para voce escrever, mas penso em quantas pessoas serão beneficiadas com ele.
Mas agora estou extremamente preocupada, pq me identifiquei com vários sintomas, ja tenho na minha cabeça a ideia de procurar ajuda profissional, mas ia ser por depressão assim pensava eu.
Minha mão soa frio quando preciso falar c alguem pela primeira vez, e quando penso no futuro r dou asas a minha imaginação chego a ficar com falta de ar com as possibilidades.
Vou xeretar mais sobre o assunto, post mais q util. Tudo de bom a ti querida, e que possamos sempre lutar contra os males desse mundo!!!
bjuussss
Luly Lage
Procura ajuda sim, Gislaine! Se você sente que precisa acho ótimo! Se for depressão ou ansiedade você já vai ter alguém cuidando de você e se não for nada melhor ainda!
Isso de ficar com falta de ar é horrível, né? Às vezes é a possibilidade mais impossível de todas e ainda assim estamos sofrendo com a coisa, muto ruim =( Tudo de bom pra você também e muito obrigada!
Babi
Oi Luly.
Tudo bem?
Me deu uma crise de nervos lendo o seu post.
Na verdade ja faz mais de anos que eu me auto-diagnostiquei que eu sou ansiosa
Na minha infancia fizeram testes para se eu sofria de esquizefronia , ou se era bipolar e etc mas nunca tive um diagnostico certo alem do da depressão e quatro anos da minha vida usando remedios anti-depressivos.
Ate que depois de ler “A ultima musica”eu fii me informar sobre sociopata e de materia em materia acabei parando um site aonde listava alguns transtornos mentais e ali estava “Ansiedade” e uma lista de coisas que batia com o que eu sentia.
A minha guagueira , a mania de falar rapido,a dificuldade de ficar olhando para um unico ponto, o panico quando jogava volei, minha insegurança com as pessoas e minhas paranoias.
A unica coisa que não me enquadro é o fato de roer a unha , esse tique eu nunca tive
Infelizmente não tem nenhum grupo de Tag por aqui,mas acredito que eu estou melhorando.
Beijos Luly.
Meu mundinho quase perfeito
Luly Lage
Babi, eu te entendo porque antes de ir na terapia eu já estava com uma baita suspeita por causa de sites sobre o assunto… Pesquisei muito e mesmo que não fossem todos os sintomas iguais (nunca é, né, cada pessoa é diferente) a identificação era muita! Ainda assim achei melhor nem falar isso porque eu queria um disgnóstico de verdade, e no fim das contas era isso mesmo…
É difícil quando a gente cai na real, né? Porém é só a partir daí que dá pra melhorar as coisas!
Espero que você fique bem! E, se puder, procure um médico ou mesmo psicólogo que é ótimo! Beijos!
Thami Sgalbiero
Isso de discar o número no telefone e desligar sem deixara ligação ser completada, é o que eu faço sempre. Mas não sei se é ansiedade, porque na verdade eu fico com vergonha de falar no telefone, tanto de atender quanto de ligar, sabe? Achei bem interessante sua comparação de “sentir fome” com “passar fome”, porque é realmente isso. Gostei muito de saber do Janeiro Branco, não conhecia essa campanha e simplesmente amei! E vou tentar divulgar para que todos saibam que ela existe. Porque é realmente dessa forma que você descreveu. Aquela menina bonita do Instagram que só tira fotos bonitas, só sai linda nas selfies e tal, pode ter depressão. Recentemente descobri que a namorada de um conhecido meu, tem “pequenos surtos” e começa a se arranhar quando fica nervosa, porém os amigos acham que isso é pra chamar atenção, porque ela é uma garota difícil de lidar. Eu não conheço ela, mas sei que ela é daquele tipo que adora botar lenha na fogueira e as vezes fala coisas sem noção na frente de vários meninos, sabe? Mas ninguém nunca parou pra pensar que talvez esse jeito dela seja pra alertar aos problemas que ela tem dentro da cabeça e ninguém percebe porque não tá exposto, sabe? Enfim, vou tentar divulgar essa campanha e espero que ela veja. Ela não me segue no Instagram, mas já peguei várias vezes o nome dela naquelas visualizações do stories do Instagram, sabe? Então espero que ela veja. Ah! Eu também não sou perfeita, tenho meus probleminhas, então por isso curti tanto essa campanha do Janeiro Branco.
Luly Lage
Menina, hoje mesmo fiquei sabendo de um caso de tentativa de suicídio daqueles que o pessoal fala “ah, não queria morrer, queria aparecer”, mas eu sempre penso em POR QUE ela quer “aparecer”, sabe? Pode ser até um jeito de pedir ajuda, o que nem sempre é fácil (na verdade quase nunca é)!
Obrigada demais pelo apoio, Thami! De verdade!
Thami Sgalbiero
AH! Sempre que você precisar conversar e tal, pode falar comigo, tá? Seja no Facebook, direct no Twitter ou Instagram 😉