“Antes tarde do que nunca” define o tema desse post, já que as obras do ComCiência, da Patricia Piccinini, estão no CCBB BH há quase três meses e eu só fui vê-las agora, na última semana. Mas o importante é ir e impossível deixar passar porque é, até hoje, a exposição mais vista da história do museu e recebeu mais de um milhão de visitantes em sua passagem por outras cidades do país.
Para trazer a questão das mutações genéticas para o território da arte, a artista australiana Patricia Piccinini se utiliza do realismo como linguagem, apresentando ao espectador um universo de criaturas desconhecidas, porém palpáveis e surpreendentemente afetuosas. ComCiência, um neologismo que carrega sentido duplo, conectando consciente e ciência, propõe ao público um percurso narrativo entre esculturas, desenhos, fotografias e vídeos. (fonte)
Depois de um medo gigantesco do assunto quando era criança, eu cresci sempre procurando lidar com qualquer tipo de mutação genética ou característica peculiar de forma mais natural possível, principalmente porque meu filme e meu livro favoritos tratam sobre o assunto, então quando vi as primeiras imagens das obras, principalmente as esculturas que são as grandes estrelas da “festa”, fiquei absolutamente encantada. A ideia da artista é que o expectador passe da repulsa ao fascínio, mas pra mim esse processo não aconteceu, foi um impacto positivo de cara, mas eu não imaginava é que ao vivo a coisa ia ser ainda mais forte porque, sério, elas são absolutamente LINDAS! As figuras humanas são extremamente convincentes, o que torna a admiração ainda maior, e mesmo que pareça que a gente está diante de uma pessoa de verdade elas têm o lado esquisito que causa incômodo: pelos demais, pequenos traços de animais, órgãos deformados, a presença das criaturas que muitos enxergam como monstros, mas na verdade passam um ar super simpático pra quem observa. As pessoas que interagem com elas, é claro, são sempre crianças (de All Starzinhos!), já que eles estão mais abertos ao incomum que os adultos, e a ideia daquela “amizade” que surge no momento congelado pela artista me deu vontade de ver um filme com a história deles sendo contada.
Existem outras “categorias” de obras, além dessa das crianças e seus amigos incomuns, que retratam sempre a humanização de seres supostamente não animados, como plantas e até mesmo meios de transporte. Meu lado restauradora ficou enlouquecido imaginando como deve ser interessante montar a exposição no ambiente disponível e depois embalar para o transporte, porque deve ser uma quantidade de detalhes ainda maior do que a gente observa como visitante… Claro que é impossível amar tudo porque é um conjunto enorme e extremamente variado, que conta com esculturas, quadros, sons, vídeos e até jogos de luz, mas é legal ver também o que te causa mais estranhamento e o que depois de ver tantas vezes acaba ficando até comum, que não é muito diferente da “vida real”, se parar pra pensar!
“O Observador”
“Grande Mãe” (percebam a melancolia absurda desse olhar)
“O Golpe”
“O Tão Esperado”
“A Confortadora”
“O Substituto” – fofíssimo de frente, super incômodo pelas costas
“Indiviso”
“O Visitante”
“De Bruços” – o que mais gostei de TODOS!
“Cycle Pups”
“Os Amantes” – foi uma das favoritas, também!
“Arcádia”
ComCiência, de Patricia Piccinini. De 12/10 a 09/01 no Centro Cultural Banco do Brasil Belo Horizonte.
Praça da Liberdade, 450, Funcionários. Contato: http://culturabancodobrasil.com.br/ | (31) 3431-9400 | ccbbbh@bb.com.br | Funcionamento de quarta a segunda das 9h às 21 horas. Entrada Franca.
Minhas fotos ficaram muito ruins, então a Lili me deixou usar as delas aqui no post, apenas quatro dessas quatorze foram tiradas por mim. Obrigada, Lili! Além disso não consegui achar o nome de todas as obras, então se alguém souber o da última que falta e puder me avisar agradeço imensamente.
Clara
Que obras lindas! Acredita que sou apaixonada por arte? Gosto muito de observar, e pensar de onde foi que saiu a ideia de uma obra tão linda!
Beijinhos!
Debora
Eu estive em BH mas não deu tempo de ir nessa exposição. Foi uma pena porque queria ver. Muito bom seu post. Adorei as obras! Beijinhos!
Emanuelly Amorim Suhett do Amaral
Nossa, que exposição legal! Não mando muito bem quando o assunto é esse mas achei bem peculiar o que me deixa com vontade de conhecer melhor sobre a exposição e o assunto! As fotos ficaram bem legais! Um beijo e muito sucesso.
carol sena
já vi o trabalho dela, são bem estranhos, mas é um estranho que te fascina, eu acho maga legal.
Blog Entre Ver e Viver
Vitória Bruscato
Até hoje sou triste por não ter ido a essa exposição quando estava aqui em sp 🙁 parece ser muito legal, e eu queria muito ter visto de perto! Mas adoro ver fotos tbm, da aquela “enganada” ja que eu não consegui ir hahha e eu me sinto na exposição ?
Francine
Caramba, que exposição incrível! Nos faz refletir sobre várias coisas. Nunca tinha ouvido falar sobre ela, que bom que você compartilhou aqui ?
Thais Pietrobon
As exposições do CCBB são incríveis! Essa, então, parece ser maravilhosa. Acho incrível o realismo das peças, e parecem mesmo ser de verdade! Senti vontade até de passar a mão hahahaha beijos, adorei o post!
Daniele Yui
Nossa, olha o nível de detalhe dessas esculturas! Impressionante, algumas chegam a ser assustadoras, mas eu entendo que sejam para nos confrontar, nos instigar, afinal a arte é isso!
http://www.pandapixels.com.br
sarah kaeda
Oi!
Adoro exposições.
E adorei seu texto, muito bem escrito e com profundidade. E aquele toque impessoal.
Deve ser muito legal ver ao vivo.
Beijos
Luma Vieira
Olá mineirinha, tudo joia? somos do mesmo estado MG <3
Achei legal o seu post sobre esta exposição, embora não tenha visitado, assisti também algumas reportagens sobre, o Léo chegou ir visitar e me falou também sobre com animação e mostrou aspectos bem interessantes que você a afirmou aqui. Super beijo da Luma
Pyetra Santiago
Gente, que incrível! Não sabia dessa exposição e fiquei encantada com a realidade das peças ????? tem certeza que não são de verdade? Hahaha deixa eu te contar que ‘o visitante’ se sairia muito bem num filme de terror kkkk (me deu medinho). Agora ‘o substituto’ podia muito bem ser meu! Que coisinha mais fofa é essa?! Hahah adorei que tenha abordado essa exposição! Amei amei amei meeeesmo, se não fosse por você eu nunca teria acesso às peças.
Beijos
http://pyetramelo.blogspot.com.br/?m=1
Luly Lage
Na “O Visitante’ a menininha está olhando pra ele com MUITO carinho e alegria, mas na hora que eu tava visitando a exposição tinha uma garotinha mais ou menos da mesma idade da retratada na escultura que morreu de medo, tadinha, chorou até!
Aléxia Oliveira Macêdo
teve essa exposição aqui no CCBB Rj, eu não fui ver, mas vi várias fotos de amigos e etc ? Confesso que não me interessei e na verdade senti um tanto de medo, mesmo vendo por fotos, rs.
Juliana Neves
Essa exposição esteve aqui no RJ no Centro Cultural do Banco do Brasil e eu não consegui ir trabalhando praticamente do lado, acredita?! Fiquei na curiosidade.
Confesso que me deu um certo nervosinho as obras e quando vi o outdoor pela primeira vez fiquei confusa, rs.
Mas, a ideia e o assunto são bons e pouco falados, achei ótimo.
Bjs
Gislaine
Queria muito ter ido nessa exposição, mas ela veio e foi embora – e eu nem me toquei, infelizmente. Mas foi muito bom ter um gostinho por meio das suas fotos, gostei muito da postagem!
Paraíso da Leitura