Sendo de origem (provavelmente) chinesa e já presente na história da arte desde o século VI, a xilogravura é uma técnica de gravação em madeira, entalhando o desenho desejado pelo artista para, depois, ser impresso sobre o papel – ou qualquer suporte adequado para tal. O resultado dessa impressão, a xilografia, é uma versão espelhada do que foi gravado, dando ao artista ainda mais trabalho, graças às necessidade de projetá-lo dessa forma. E é utilizando desse processo, lado a lado das propriedades orgânicas da própria matriz, que a artista e professora da Escola de Belas Artes da UFMG, Eliana Ambrósio, construiu as obras da exposição “Arquitetura da Paisagem”, aberta à visitação no Espaço Cultural Fórum Lafayette.
A abertura aconteceu na noite do dia 26 de junho (no aniversário de 14 anos do blog!) e eu precisei ir prestigiá-la pois a Eliana foi, além de primeira professora universitária, minha orientadora no TCC, onde restaurei a reimpressão de uma das primeiras gravuras em metal produzidas no Brasil. Desde então ela vem se aprofundando cada vez mais na área, se tornando agora professora do curso de Artes Visuais da EBA.
“Arquitetura da Paisagem” é um conjunto de obras cujo nome é autoexplicativo: ela utiliza das formas e força da própria natureza para construir exemplos da interferência humana no ambiente, sem necessariamente se deixar limitar pelas bordas do desenho. São 22 obras com referências ao movimento art nouveau (sobre o qual ela mesma me ensinou!) e cheias de formas e movimentos que carregam uma elegância enorme no modo de entralhar.
Além dela, há também no saguão do Fórum, 4º andar e na unidade Raja Gabaglia uma Mostra Paralela com mais de 50 trabalhos de seus alunos da UFMG. Esse conjunto, que não se limita a estilos ou temáticas, apresenta a xilogravura de forma diversificada, com variação de suporte, cor e técnicas complementares. Elas contém cores, degradês, referências das mais variadas, cada uma seguindo o traço de seu autor e passando o que ele quis retratar. Minha favorita, de autoria da Lucianita Moraes, representa um elefante num contraste de cores complementares lindíssimo – e ainda pude conversar com ela na hora, compartilhando minha paixão por esse animais. Vale a pena estender a visita a elas também!
A visita às mostras é gratuita, das 8 às 18h, no TJMG (Av. Augusto de Lima, 1.549, Barro Preto), entre 26 de junho e 26 de julho de 2018. As datas e horários também são válidas para a outra unidade (Av. Raja Gabáglia, 1753, Luxemburgo). Para saber mais, assista à entrevista feita pela TV UFMG em https://ufmg.br/comunicacao/noticias/professora-e-alunos-da-ufmg-expoem-xilogravuras-no-forum-lafayette
Luana Souza
Nossa, que obras lindas! Sou do tipo que faz de tudo para conhecer e apreciar o máximo de artes possíveis, e não conhecia esse estilo *-* adorei. Geralmente não tem tantas exposições por aqui, por isso acabo tendo de me contentar com fotos que vejo pela internet. Nunca tinha visto esse tipo de gravação.
Beijos, amora :*
Gabriela Gouveia
Luly eu achei a exposição simplesmente genial! Esse estilo me encantou, pois adoro linhas bem demarcadas e a razão por detrás de cada arte é maravilhosa! Faz tanto tempo que não vou em uma exposição… aqui em SP tem várias, mas tenho muito medo de ir até elas pois são locais onde ocorrem muitos assaltos, sabe? Uma pena…
Mari
Que exposição maravilhosa! Não tenho muito costume de ir em exposições, mas é falta de costume mesmo, não de curiosidade. Acho legal poder conhecer essas obras, pena que nem sempre são valorizadas.
Beijos
Mari
Pequenos Retalhos
Erika Monteiro
Oi Luly, tudo bem? Primeiro gostaria de dar parabéns pelo aniversário do blog desejo todo o sucesso do mundo pra você. Que venham muitos outros aniversários e conteúdo bacana. Com relação a exposição achei simplesmente incrível. Desde adolescente sempre gostei muito de artes, ir ao museu, ver peças de teatro, música clássica, isso traz tanta beleza aos nossos olhos que é impossível ficar alheio a tanta coisa linda. Aqui onde moro tem poucas exposições, então sempre que posso vou à Curitiba, como dizem os paranaenses é uma cidade que respira cultura. Beijos, Érika =^.^=
Renata
Oi LL!
Se tem uma coisa que eu sinto saudades das minhas andanças diárias no Fórum Lafayette é exatamente de passear nesse espaço em que são feitas as exposições. Sempre que chegava uma nova, eu tirava uns minutos para ir lá conhecer e, sempre que gostava, sempre passava lá para apreciar novamente…
Eu acho a técnica de xilogravura impressionante, só de imaginar a pessoa entalhar o desenho já fico de queijo caído, e, tendo ele que ser espelhado, fico é mesmo embasbacada.
Adorei ver as imagens nas fotos e fiquei querendo ver de perto, se rolar, dou uma passada lá qualquer dia desses.
A última foto me conquistou, esses quadros que, acho eu, representam uma batalha, tem uma beleza sem igual. Adorei como a cor é usada e no contraste que ela deu! <3 E não, não sei comentar arte porque né… nem tão de humanas assim eu sou… ahaahah quero dizer, não desse lado das humanas… rsrsrs
xoxo
Rê
Amanda
Eu adoro esse tipo de arte, acho que fica lindo demais. Queria ter talento para essas coisas hehehe. Essa exposição ficou muito bonita!
Beijos,
Amanda
http://www.amandasoldi.com
Ruan Morais – Blogando Cultura
Ei, Luly! Como vai? Essa exposição em BH fez um sucesso! Recebi o convite de uma assessoria para ir, mas tive que fazer uma viagem e não voltei até hoje haha. As obras são incríveis, as cores combinam direitinho com o tipo de arte e desperta uma mega curiosidade em ver. Pena que já acabou haha.