Dumbo
Elenco: Colin Farrell, Danny DeVito, Eva Green, Michael Keaton, Nico Parker, Alan Arkin J., Deobia Oparei, Douglas Reith Sotheby, Joseph Gatt, Lars Eidinger, Michael Buffer, Roshan Seth, Sandy Martin, Sharon Rooney
Direção: Tim Burton
Gênero: Fantasia
Duração: 135 min
Ano: 2019
Classificação: 10 anos
Sinopse: “Holt Farrier (Colin Farrell) é uma ex-estrela de circo que retorna da guerra e encontra seu mundo virado de cabeça para baixo. O circo em que trabalhava está passando por grandes dificuldades, e ele fica encarregado de cuidar de um elefante recém-nascido, cujas orelhas gigantes fazem dele motivo de piada. No entanto, os filhos de Holt descobrem que o pequeno elefante é capaz de uma façanha enorme.” Fonte: Filmow (sinopse e pôster).
Comentários: A história do bebê elefante com orelhas anormalmente grandes, lançada em forma de animação pela Disney em 1941, está de volta aos cinemas em live action! Quando foi anunciado que essa nova versão de Dumbo seria dirigida por Tim Burton eu fiquei MUITO desanimada… Sou apaixonada pelo personagem desde que comprei a Byul Dumbo, um dos xodós entre minhas bonecas, faço até coleção de objetos dele, mas o HORROR de Alice No País das Maravilhas do mesmo diretor (cuja continuação nem assisti) causou o sentimento que ele tava vindo aí pra estragar mais um clássico. Meses atrás, porém, quando saiu o primeiro trailer, percebi que ia pagar língua com muito orgulho e amor, porque só pela prévia os olhos brilhavam de encantamento e lágrimas… Bom, aqui estou, admitindo meu erro e dando os parabéns porque o longa ficou, de fato, lindo, e dessa vez não só visualmente.
O enredo começa quando Holt Farrier volta da guerra para o Circo dos Irmãos Medici, onde vive sua família e ele trabalhava antes de ser convocado. Com a decadência do circo, em decorrência da falta de interesse do público, sua atração com cavalos não existe mais e ele passa a ser responsável pelos elefantes, entre eles a Sra. Jumbo, recém comprada, que está prestes a ter um filhote. Após o nascimento de Dumbo as crianças Farrier percebem que sua anomalia o torna capaz de voar, tornando-o a principal atração do circo. O objetivo? Trazer de volta sua mãe, que foi levada dali após se enfurecer com o uso de seu bebê. Esse destaque, porém, consegue alcançar muito mais que os olhares do público, levantando o interesse do sr. Vandemere, um “mestre” da diversão…
Enquanto a animação foca no desenvolvimento do personagem título, em busca do estrelato para que possa se reunir com a sra. Jumbo, o live action divide esse plot com a busca dos Farrier em retomar sua vida em família após a ida do pai à guerra e a morte da mãe. Vários dos humanos carregam papéis importantes, não só eles, e o Dumbo acabou ficando quase secundário, mas ainda assim sendo o ponto chave de todos os acontecimentos. Essas mudanças no roteiro são não só positivas, mas também necessárias. Um dos maiores problemas de A Bela e a Fera, por exemplo, foi a fidelidade extrema ao desenho, que deixou o ritmo lento por falta de ações para preencher a diferença significativa da duração de um pra outro. Dumbo não peca nesse quesito: diversas mensagens contra o abuso de animais no entretenimento, empoderamento feminino e, claro, importância da família (seja consanguíneo ou não), torna uma fantasia em algo quase crível, e consegue homenagear seu antecessor com louvor ainda assim.
Ícones como a cegonha, o trem Casey Jr e, o mais importante deles, o rato Timóteo, estão presentes de forma adaptada. Também temos a presença de cenas clássicas, como o número em que Dumbo se apresenta como o “bombeiro” no circo e a mais memorável de todas, as enormes “bolas de sabão” em forma de elefante que dançam para o personagem, que traumatizaram várias crianças ao longo dos anos e apareceram ali, quando a gente menos esperava, e fizeram justiça total ao original. E tá pra nascer crianção mais FOFA no ramo da computação gráfica do que esse elefantinho! Dá vontade de levar pra casa, dar carinho, proteger de todos os abusos do mundo! O olhar dele é encantador, e jeitinho idem. É uma criaturinha que contrasta com o tom sóbrio característico do Tim Burton, e ao mesmo texto o complementa, como se tudo ai fosse criado em torno dele mas também já funcionasse independente de sua existência.
A fotografia é MARAVILHOSA, junto à trilha sonora extremamente sentimental com destaque para o clássico “Baby Mine”, a canção de ninar que faz suspirar (e chorar!) até os corações mais durões. Os outros personagens também são fantásticos… Michael Keaton está de volta ao universo Burton de forma que, mesmo que o visual seja completamente diferente, me soou como uma sátira crítica ao próprio Walt Disney. Já a pequena Nico Parker, no papel de Millie Farrier, ainda não “chegou lá” no quesito atuação, mas ainda assim nos dá aquele exemplo clássico da importância da representatividade ao interpreta ruma garotinha que quer ser cientista. Existe um momento em que ela “interage” com uma de suas inspirações que é uma das cenas mais simples, e ainda assim importantes de todas. Tem a possibilidade de agradar os fãs que forem dispostos a ver uma adaptação, e não cópia, e também àqueles que estão entrando pro “fã clube” do personagem agora, e melhor: com um final ainda mais bonito que o anterior!
Ban
Amei a resenha! Até hoje eu nunca vi o desenho do Dumbo, acho que pra mim já nem dá mais. Aquela magia que os desenhos tinham pra mim já se foi faz tempo 🙁 espero que as pessoas tenham gostado do filme, até porque essa é uma ótima forma de imortalizar esse lindo elefantinho ? o único fato de eu não ir ver o filme é que eu nunca gostei muito de zoológicos e circos por causa dos animais trancafiados, então, prefiro não ver nada que traga tais imagens. Dumbo realmente é um clássico que merece ser relembrado ?
Luly Lage
Bom, se o problema é o circo (porque eu ODEIO uso de animais nesses ambientes, bem como parque temáticos) então vai por mim: é uma das vantagens do filme! Ele trata bastante desse tema de abuso animal e o final é de derreter o coração, beeem diferente do original!
Laís Portal
Eu ainda não consegui assistir o filme, na minha cidade só tem um cinema e ainda não chegou aqui :/ Mas eu adoro ler resenhas antes de assistir algum filme!
Confesso que eu também quando fiquei sabendo que o filme ia ser dirigido pelo Tim Burton, também imaginei que seria algo no estilo do que ele costuma fazer, mas pelo visto também me enganei.
Mas enfim, achei ótima a sua resenha, me deixou com mais vontade de assistir, além disso, Dumbo é uma das animações da Disney que eu mais gosto, espero que eu também goste do filme tanto quanto.
Um beijo!
Imprevistos Musicais
Ai mulher, como tinha dito, fiquei super desanimada em ver a adaptação porque é uma história que acho suuuper triste, e que tenho certeza que vou chorar.
Depois dessa linda resenha, a vontade de assistir surgiu e só cresce!
A primeira coisa que amei quando vi o trailer, foi a fotografia. Achei linda, assim como na maioria dos filmes do Tim Burton. E concordo quando você fala da computação gráfica! O Dumbo ficou a coisa mais fofa do mundo, e aqueles olhinhos dele me dão vontade de chorar!
Vou criar coragem, separar muitos lencinhos, e assistir o filme ?
Ane Carol
Apesar de conhecer o Dumbo, não assisti ao filme original e tenho vistos bons comentários sobre está versão. Sua resenha me deixou curiosa para conhecer esta versão e a original. Acho que talvez esse filme lembre um pouco Água para elefantes. =)
Blink Blog
Confesso que não lembro de quase nada da versão original, assisti quando era criança e minha memória não é muito boa kkk mas lendo sua resenha eu fiquei curiosa para ver essa versão, tenho um pouco de medo dessa onda de live-actions, mas vou vou confiar e conferir se esse ficou bom mesmo 🙂
http://blink-moments.blogspot.com.br/
Camila Tuan
Desde que eu assisti o trailer desse filme eu fiquei com muita vontade de assistir, agora que li a resenha fiquei com mais vontade ainda.
Achei interessante desenvolver uma história paralela à dele no filme.
Beijos
Michelly Melo
Oiii! 🙂
Não acredito que você tinha tanto ranço assim do Tim Burton! Hahaha eu amo os trabalhos dele, apesar de concordo que Alice no País das Maravilhoso ficou devendo em muitas partes. Ainda assim gosto demais do estilo dele e fiquei animada quando soube que era ele quem iria fazer o Dumbo!
Também amo essa história e mal posso esperar para assistir <3
Beijos
Luly Lage
Eu tenho ranço da pessoa Tim Burton por várias atitudes babaquinhas ao longo dos anos, mas os filmes em si fico nesse “amo ou odeio”, hahaha. Alguns moram no meu coração, outros (como Alice) passo longe pra não passar raiva! Mas em Dumbo, nesse o homem acertou!
Mulher Virtuosa By Vany
Eu vi o desenho, eu via muitas vezes e quando vi que Dumbo está nos cinemas fiquei animadíssima. Quero ver! ótima resenha!
Maria Santos
Eu to louca para assistir Dumbo, eu achei a personagem uma fofa, fora que eu amo desenhos e sem falar que pelo que eu li vai ser uma linda historia, ótima resenha!
Isabelle
Olá!
Ouvi muitos elogios ao filme, o que me faz querer assisti-lo assim que possível *-*
Não sou grande fã da animação; na verdade, nem me lembro direito da história pois só assisti quando era pequena ^^’ Mas ainda assim, sabendo de mais detalhes e do quanto a história parece ser simples e ao mesmo tempo sensível, sei que vou gostar do que verei.
Parabéns pela resenha.
Beijinhos e boa semana
Luana Souza
Fiquei impressionada com a sua resenha, Luly. Vi muita (MUITA) gente criticando muito Dumbo, dizendo que ele tinha potencial para ser o melhor live action da Disney, mas que foi o mais fraco até agora. Eu, sinceramente, não sei o que acho dos lives que andam sendo feitos. Por um lado gosto da fidelidade, mas por outro acho que deveriam incluir coisas diferentes.
Você já deve saber que eu amo o trabalho do Tim Burton, sou bem fangirl mesmo, até quando ele faz certas burradas, como por exemplo em O Lar das Crianças Peculiares, um filme bom, mas que poderia ser melhor se fosse fiel ao livro. Mas continuo gostando do cara, e adoro Alice no País das Maravilhas (o primeiro, poi o segundo só achei legalzinho mesmo, esquecível até).
Não sei se irei no cinema ver esse, mas vou acabar assistindo em algum momento. Estou tentando me divertir o máximo que consigo com tudo que assisto, e deixar meu lado pseudo-crítico de lado, tanto que parei de fazer críticas no blog haha. Depois conto o que achei 🙂
beijos e parabéns pela crítica!