Branca de Neve (Snow White)
Elenco: Rachel Zegler, Gal Gadot, Andrew Burnap, Martin Klebba, Ansu Kabia, Patrick Page, Dujonna Gift, Andrew Barth Feldman, Jeremy Swift, Lorena Andrea, Tituss Burgess, Jason Kravits, George Salazar
Direção: Marc Webb
Gênero: Fantasia
Duração: 109 minutos
Ano: 2025
Classificação: 10 anos
Sinopse: “No mais novo live-action Branca de Neve, quando a Rainha Má (Gal Gadot) manda matarem sua enteada por inveja de sua beleza, Branca de Neve (Rachel Zegler) foge do reino. Ela percorre a floresta e acha uma casinha onde vivem sete anões amigáveis com quem passa viver. Porém, a moça ainda não está a salvo, já que a bruxa planeja dar um fim a sua vida com uma maçã envenenada.” Fonte: Filmow.
Comentários: Desde que 2025 começou, fiquei cheia de expectativas para a estreia do novo Branca de Neve, que enfim chegou. Ela é minha princesa favorita e adorei a escolha da atriz principal, então é claro que no primeiro dia eu estaria lá para conferir, né? E posso afirmar, sem dúvidas, que quando as pessoas deixarem o preconceito de lado vão perceber que esse é um dos melhores live action adaptados de animações Disney! O filme é fiel à animação (que está no meu Top 5!) no que diz respeito à narrativa principal e visual, mas atualiza diversos pontos datados, uma vez que 88 anos se passaram de lá pra cá, sem perder magia. Muito pelo contrário: ele é tão mágico que literalmente brilha na tela, ajudando a destacar o cenário lúdico, criaturas fofinhas e essa princesa de conto de fadas que está digníssima do título que carrega.
Isso porque Rachel Zegler é, sem dúvidas, a melhor parte de uma experiência admirável. Eu já tinha amado a atuação dela Lucy Gray em A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes, mas essa superou, quando ela aparece pela primeira vez com a roupa principal da personagem não segurei e soltei “Que princesinha!” dentro do cinema. Ela atua, canta e dança de forma que sua inocência vai se transformando em heroísmo gradativamente, sem perder o encanto e suavidade, suas características mais marcantes… Felizmente, as pessoas que mais aparecem ao seu lado estão à altura. Num primeiro momento estranhei os anões de CGI, mas à medidas que eles foram sendo mostrados como seres mágicos foi apaixonante, e o novo par romântico dela, Jonathan, tem o carisma que falta muitas vezes no príncipe… As sutilezas que transformam esse romance esquisito, como em 1937, em lindíssimo me deixaram emocionada.
O filme tem, porém, um defeito grave que realmente atrapalha diversos pontos da narrativa: a vilã. A Rainha Má costuma ser representada de forma imponente, muito mais atrativa à primeira vista do que a própria mocinha, mas a atuação terrível de Gal Gadot estraga a personagem em todas as suas aparições. Sua presença por si só poderia ser um motivo para eu não assistir, não gosto muito de ir ao cinema quando existe no elenco alguém que tem comportamentos e opiniões discutíveis como ela, mas vesti minha hipocrisia nesse caso porque achei que minha princesa favorita merecia… Apesar de não ter me arrependido nem por um segundo, é bem triste ver a entrega de uma atuação péssima mesmo para seu padrão já baixo, ainda mais contracenando com tanta gente boa. A cena musical dela é tão vergonhosa que parece durar muito mais do que dura de verdade, uma pena…
E já que falamos de música, que delícia são as cenas musicais! Mistura muitas da canções do clássico com novas composições que deixam a narrativa mais divertida e ajuda não só a contar a história, mas também criar relações entre as personagens. Achei que ia sentir falta de “With a smile and a song”, minha favorita da outra versão e única que não está presente nessa, mas o grande destaque “Waiting on a wish” na voz de Rachel Zegler é forte, triste, belo, causa empatia de cara com a princesa e, quando você menos espera, está cantarolando a letra… Também, com a interpretação belíssima da atriz, não tinha como ser diferente. Recomendo muito ouvi-la assistindo ao clipe lançado pela Disney, gravado no castelo que inspirou os desenhistas tantas décadas atrás ao criar o primeiro longa de animação da história, longa esse que foi homenageado à altura da sua importância.