Sobre, enfim, aprender a falar francês

Sobre, enfim, aprender a falar francês

Eu e minha irmã criamos MUITAS histórias juntas, sério, muitas mesmo, gerações de personagens e tudo mais. Uma minoria transformo em livros, mas o resto sei que vai ficar guardado entre nós duas. A minha personagem favorita de todas tem, entre várias características que amo, uma paixão absurda por aprender línguas. Sim, ela estuda e fala várias, porque um desejo que eu tinha durante a adolescência era justamente ter grana pra estudar línguas também. Acima de tudo, desde criança, na mesma época que O Corcunda de Notre-Dame da Disney se tornou meu filme favorito aos sete anos, um dos meus maiores sonhos era aprender francês. Era algo tão forte em mim que minha querida amiga de colégio, Amayi, já sabia disso há tempos quando, ao cursar Letras na faculdade, começou sua formação em francês. E eu? Bom, eu achei genial vê-la vivendo isso…

No início de 2022 muitas coisas se encaixaram e, formando uma turminha com outra amiga, a Júlia, Amayi (ou Mimmy, como a chamo) começou a me dar aulas dessa língua tão almejada. Até hoje arrepio de lembrar da nossa primeira aula! Eu pensava o tempo todo “meu Deus, meu Deusinho, isso tá acontecendo de verdade”, sabe? Eu fiquei MUITO GRATA em relação ao mundo por poder viver aquilo. O tempo foi passando, fomos estudando no nosso ritmo e, quando pisquei, três anos já tinham se passado. às vezes acho que não aprendi foi nada, que estou mega atrasada, mas vez ou outra eu caio na real: eu estudo a língua dos meus sonhos, e vivo isso da melhor maneira possível, que é com uma pessoa muito amada me ensinando (e cobrando super, do jeito que gosto de ser cobrada).

Semana passada, vivi o auge desse processo, o momento que me provou meu avanço. É que quando a coisa fica fácil, ou pelo menos comum, pra mim, eu começo a achar que ela não tem nada de mais e que todo mundo consegue fazer (alô, síndrome da impostora!), então na minha cabeça todo mundo entende francês. Eu sei que não faz sentido, pra mim funciona assim. E aí que fui (de novo) à exposição da Niki de Saint Phalle na Casa Fiat, oficialmente minha grande favorita de 2025, e no final a Mari, minha amiga, abriu um dos livros da artista, TRACES, e lamentou que não entendia nada, afinal “tá em francês”… Peguei o livro, abri e comecei a ler em voz alta para ela. Em português. Li, entendi, traduzi, passei adiante. E perto do final da segunda página, sim, chorei um pouco.

São 28 anos de 1997 pra cá, 28 anos querendo ter o francês como segunda língua. Esse objetivo continua em processo, porque meu inglês ainda é beeeeeem mais avançado, nem dá pra comparar, mas ainda assim, eu não sou só uma estudante, apesar de ser isso também, e ainda bem. Eu FALO ESSA LÍNGUA! Escuto, compreendo, interpreto, formulo frases todo início de aula quando a professora nos pede pra contar como foi nossa semana e consigo passar a mensagem, sem precisar planejar antes. Eu pego um livro, consigo passar a mensagem dele adiante, e me emociono por isso, e deixo outra pessoa que gosta de mim emocionada também. Gente, é sério… Eu falo francês!

Fotografia de uma prateleira de livros exibindo o livro Traces, de Niki de Saint Phalle, entre outras obras. A capa branca mostra uma ilustração colorida de formas orgânicas entrelaçadas, com palavras escritas em francês dentro delas, e o título TRACES no topo em letras decoradas. À direita está o livro Preto é lindo! de Ashley Bryan, com fundo laranja e um pássaro preto; à esquerda, parte da lombada de outro livro sobre arquitetura.

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