No início desse ano, entre janeiro e fevereiro, recebi um convite muito criativo para a abertura de uma exposição que usava um monóculo com a logo dentro. A produtora, que trabalhava comigo, ainda estava montando quando ia me entregar e falou “Espera só eu colocar o papelzinho certo dentro!”, me explicando que o objeto era reaproveitado de outro projeto. Enquanto ela terminava de montar, fiquei muito curiosa para saber o que tinha ali no projeto anterior e dei uma olhadinha no que seria o meu, dando de cara com uma única palavra impressa: MUDANÇA. Ela me explicou rapidamente que eram palavras variadas, que se eu quisesse escolher outra tudo bem, porque a nova informação cobriria essa antiga, mas, analisando como tinham sido minhas semanas anteriores, eu não só sentia, mas SABIA que aquela seria minha palavra do ano de 2025 que tinha acabado de começar, então fiquei com ela.
E foi!
A grande questão da mudança é que ela não é essencialmente boa ou ruim, né? Vai depender 100% do contexto, e o meu não foi muito bom, não… Saí da CLT, da exata área onde mais quero trabalhar, para voltar a ser freelancer dentro da minha formação, e num tô nem aí que a galera resolveu agora que isso é uma coisa boa porque eu gosto é de estabilidade, férias remuneradas, 13º e vale refeição, sabe? Sinto uma falta danada. Mas sigo não chorando sobre leite derramado, e em meio ao caos aconteceram uns trabalhos bem legais que me lembraram como é gostar do que faço sem AMAR, sem ter isso como aspecto principal da vida, e se tem algo que vou levar desse ano (de merda) é nunca mais ver o trabalho como aspecto principal da minha vida. Mesmo, mesmo!
Outras mudanças ruins, até piores, aconteceram, relativas a essa e a outras áreas da vida, mas tenho limites ao me expor na interweb (e sugiro que vocês façam o mesmo), então vou falar só das coisas boas, hahahaha! Em 2025 participei de uma Bienal do Livro como autora pela primeira vez, fiz isso pela segunda vez também com direito a um LANÇAMENTO, casei uma irmã e um primo, relancei dois contos que faziam parte de livros esgotados como histórias independentes, comprei muitas maquiagens boas, consumi Wicked como se fosse oxigênio, fui a uma quantidade absurda de exposições incríveis, fiz duas tatuagens, vi minha princesa Disney favorita ganhando um lindo live action, retornei as Cefart como professora convidada e banca do processo seletivo, senti satisfação sendo restauradora pela primeira vez desde a formatura, participei de uma corrida, tô lançando mais um livro de natal, amei profundamente as pessoas que amo…
E voltei com o blog pra valer. Um “muito obrigada” eterno a esse ano que me permitiu comemorar os 21 anos dele sabendo que estou aqui de novo, fazendo do jeito que quero e bem feito. Que continue assim!
Para o ano novo…
… nem cheguei a fazer uma lista de metas realmente, afe, viu? Estou finalizando um trabalho de restauração de documentos que precisa ser entregue no próximo dia 30 e que tive pouquíssimo tempo para executar, o que me tirou fins de semana, feriados e a capacidade de entender que é isso, gente, acabou 2025! Estava animadíssima para o natal (vide a árvore lindinha que fiz esse ano, toda de gatinhos pretos, em homenagem à Arwen), mas sequer consigo curti-lo, pra mim é difícil acreditar que semana que vem já é 2026. Sendo assim, ainda não possuindo objetivos organizadinhos de verdade, vou deixar aqui o desejo de voltar com minha pesquisa no Vênus em Arte, retomar os cuidados com minha saúde física e mental, conseguir me manter financeiramente (beeeem melhor que agora!), ler ou ouvir pelo menos um livro por mês e eleger o Lula de novo.
O resto é pessoal, e vou decidir comigo mesma semana que vem. Até lá, desejo a vocês um feliz Natal, e que 2026 seja pura magia e luz!
Esse post faz parte da Blogagem Coletiva WoA, cujo tema #008, para dezembro de 2025, é Metas para 2026 + Palavra do ano, que fiz no meu jeitinho em meio ao caos.